O estado deve voltar a ser atingido por chuvas fortes; alertas para inundações
Moradores se movimentam nas águas do rio Taquari em Encantado, no Rio Grande do Sul Imagem: g1.globo.com |
Ana Clara Gomes
Júlia Yasmin
Fonte: g1.globo.com
09/05/24
Uma sequência de frentes frias que devem avançar pelo Sul do Brasil nos próximos dias, surge como esperança para quebrar o bloqueio atmosférico que atua no país desde o dia 22 de abril. Nos próximos dias, o ar frio polar que veio com a frente fria vai baixar as temperaturas no Rio Grande do Sul. Segundo a Climatempo, áreas do sul gaúcho podem registrar mínimas abaixo dos 10°C. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “perigo potencial” por conta do declínio da temperatura esperada para boa parte do estado.
Nas regiões sob o aviso meteorológico, as limitações podem registrar queda de até 5ºC. A previsão é de tempo frio e seco no sul do Rio Grande do Sul. O avanço desta nova frente fria é consequência de um ciclone extratropical formado próximo à costa da Argentina. Apesar dos volumes menores esperados para esta quinta, a situação tende a mudar nos próximos dias, com previsão de chuva forte a partir dos próximos dias. Segundo o Inmet, no fim de semana, os volumes podem passar de 100 milímetros, atingindo principalmente o centro-norte e o leste gaúcho. Além do grande volume de chuva ainda esperado, a mudança na direção dos ventos é outro fator que pode contribuir para as inundações e o vento ajuda a escoar a água acumulada.
O vento esses dias, estava a favor do sentido dos rios, o que ajuda a acelerar o processo. Mas, nos próximos dias, ele passa a soprar na direção dirigida ao escoamento. O Rio Grande do Sul já contabiliza mais de 100 mortos e 130 desaparecidos por conta das chuvas. Há 230,4 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67,4 mil em abrigos e 163,7 mil desalojados (pessoas que estão em casas de familiares ou amigos). Com o nível dos rios e de todas as bacias da região já muito elevado, a tendência é que a situação piore nos próximos dias.
De acordo com o MetSul, a quantidade de água que está percorrendo os 300 quilômetros de distância entre o Guaíba e a parte sul da Lagoa dos Patos ainda é muito grande, com os rios registrando vazão recorde. Cidades como Pelotas e Rio Grande podem registrar cheias históricas. Rodovias da região afetadas serão afetadas, com bloqueios totais ou parciais. O bloqueio atmosférico é essencial para manter as chuvas no Rio Grande do Sul. Localizado na região Centro-Sul do país, ele impede que as frentes frias avancem, concentrando as instabilidades no extremo Sul.
De acordo com o Climatempo, alguns fatores negativos para que o bloqueio se estenda por semanas e as chuvas localizadas continuam: Águas mais aquecidas na faixa tropical do Oceano Atlântico, o que faz com que a alta pressão do bloqueio se mantenha com mais facilidade; Área de baixa pressão atmosférica entre a Argentina e o Paraguai, que estimula a formação de nuvens investidas; Fortes correntes de ar que impedem que o frio avance pelo Brasil e esfrie a atmosfera.
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